.: Conheça o site da Editora .:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O AVANÇO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AS TERRAS KAINGANG NO
RIO GRANDE DO SUL
 

Nas palavras de um pesquisador da história regional, “ao aproximarem-se do rio Uruguai, chegou a notícia a Rocha Loures de que os índios que ocupavam as terras da margem esquerda do dito rio, estavam em atitude de revolta para impedirem a passagem para o outro lado, isso aliás no lugar denominado Porto Goio-En. Rocha Loures enviou Vitorino Condá a parlamento com os aludidos índios explicar-lhes que todos vinham em atitude de paz e não de lutar. Condá conseguiu realizar a pacificação desejada e a turma prosseguiu seus trabalhos sem ser hostilizada” (Selistre de Campos, 1957).
Os brasileiros tomavam conhecimento, assim, dos Campos de Nonoai ou, se já tinham alguma informação deles, por primeira vez uma expedição de não-índios entrava neles com conhecimento e autorização dos Kaingang, donos do território. É de registrar-se que, em 1819, uma expedição comandada pelo Alferes Atanagildo Pinto Martins havia partido de Guarapuava para explorar o caminho à região das Missões, a mando do Capitão Antonio da Rocha Loures, pai do mencionado Francisco Ferreira da Rocha Loures. Os campos de Palmas não eram, então, conhecidos, e a viagem permitiu esse feito, seguindo-se dali à direção de Lages, fazendo daí o trajeto por Passo Fundo. Em seu retorno, no lugar Pinheiro Marcado o alferes Atanagildo destacou 8 homens que, guiados pelo índio Kaingang João Gongue deveriam dirigir-se diretamente ao norte e encontrar uma passagem, pelo rio Uruguai, que levasse em linha mais ou menos reta aos campos de Palmas. Esses homens jamais chegaram a Palmas, onde por dois meses o alferes Atanagildo os esperou.
Relacionando a expedição de Atanagildo com os planos antigos de estabelecer uma ligação entre as Missões e a província de São Paulo, Nicolau Dreys registrou, em 1839, que o domínio indígena do território é que impediu tentativa anterior:
“No ano de 1813 ou 1814, D. Diogo de Sousa, de quem já falamos, concebeu o louvável projeto de abrir uma estrada direta das Missões até S.Paulo, com o intuito principalmente, como então se publicou, de facilitar o comércio das bestas muares que neste tempo ia já tomando alguma importância: aquela estrada devia correr de Sul-Sudoeste a

 

 
Página>>
4
6
 
 

Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”
2006, no vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

© 2006 Portal Kaingang - WebMaster (Wilmar)