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O AVANÇO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AS TERRAS KAINGANG NO
RIO GRANDE DO SUL
 
Wilmar da Rocha D´Angelis

Segundo Cafruni, décadas antes da guerra contra os Sete Povos, precavendo-se dos avanços dos bandeirantes, dos jesuítas fizeram os índios missioneiros recolher parte do gado que tinham nos campos da Vacaria mas para oeste, uma parte dele para o “Campo das Vinte Mil Vacas”, região do atual Passo Fundo. Para ele, “os rebanhos ‘chimarrões’ que os índios, em grandes lotes, trouxeram daqueles fundos (...) vieram enriquecer a estância passofundense, que se tornou famosa na história pastoril das Missões Orientais” (Cafruni 1966:517).

Além disso, a região de Passo Fundo era rica em ervais, outro atrativo para sua ocupação. Escreveu Cafruni que “toda a região de Passo Fundo, Soledade, Lagoa Vermelha, Erechim, Sarandi, Carazinho, etc., oferecia vastos e excelentes ervais, por onde os ervateiros – consoante uma tradição regional – se introduziam, preferentemente nos lugares acessíveis às carretas e devidamente rondados pelos guardas armados de sua Redução, prevenidos contra qualquer ataque de surpresa, principalmente dos índios bugres ou caingangs, e também das onças carniceiras que infestavam essas paragens” (Cafruni 1966:522 - grifos nossos).

De fato, depois de vitoriosos sobre os Sete Povos, e depois de tomarem Santo Ângelo, “os portugueses trataram de restabelecer comunicações com Laguna, através dos Pinhais, isto é, passando pelo divisor de águas, caminho natural, por meio do Mato Castelhano e Mato Português. É quando surgem as denominações Pinarés de Missões, em Passo Fundo, e os Pinarés do Brasil, além do Mato Português, região que se situava entre as atuais Lagoa Vermelha e Vacaria...” (Cafruni 1966:599).

 

 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”
2006, no vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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