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O AVANÇO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AS TERRAS KAINGANG NO
RIO GRANDE DO SUL
 
Wilmar da Rocha D´Angelis

“O interesse dos beneficiários da concessão de terras resumia-se a zonas de campo nativo e à criação de gado. Isso é justificável se lembrarmos que a região de Cruz Alta era rota de gados muar e vacum para as feiras paulistas desde o século XVIII. A freguesia do Divino Espírito Santo da Cruz Alta, criada em 1821 e primeira da região serrana, era local de invernada de gado ao longo do caminho que demandava a província de S. Paulo. Por outro lado, a agricultura nessa área não tinha condições de ir além da mera produção para subsistência por absoluta falta de pessoal e de transporte. Não se podia produzir algo comercialmente viável como o era a cana-de-açúcar no Nordeste ou o trigo no vale do Rio Pardo, próximo a Porto Alegre – onde o transporte era fácil e o comércio mais intenso”.

Ainda segundo Zarth, com a conquista à força, das Missões, aos Espanhóis em 1801, “as autoridades militares do território tomado aos castelhanos doavam ou vendiam a preços irrisórios os campos a militares e tropeiros” (Zarth 1997:52).
Segundo Cafruni (1966:629), “foi em 1827 ou 1828 que começou o povoamento do território do Passo Fundo. O capitão de milícias Manoel José das Neves obteve quatro léguas quadradas, envolvendo nesse perímetro o local da atual cidade e seus subúrbios. Trouxe para aí sua família, escravos, gado e fundou uma modesta fazenda pastoril e agrícola”. Em 1830, Manoel das Neves doou “meia légua quadrada de campos e matos” para a povoação. O povoado de Passo Fundo não passava, então, “de um imenso Quarteirão do Juizado de Paz de São Borja ou do Delegado deste na Cruz Alta” , passando a Distrito de Cruz Alta, quando esta foi elevada a vila em 1834 (Cafruni 1966:630).

A ocupação luso-brasileira, na primeira metade do século XIX, não se aventurava, no entanto, acima do paralelo 28 (Sul do Equador), de onde, até a costa do rio Uruguai o terreno continuou sob domínio total

 

 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”
2006, no vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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