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O AVANÇO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AS TERRAS KAINGANG NO
RIO GRANDE DO SUL
 
Wilmar da Rocha D´Angelis

Entretanto, o Tratado de Madri foi revogado, em 1761, pelo Tratado de El Pardo. Em 1777, pelo Tratado de Santo Ildefonso as fronteiras entre Portugal e Espanha, na parte sul, foram praticamente restabelecidas ao que se tinha antes de 1750. Devolvidas as Missões (Sete Povos) aos espanhóis, interrompe-se o fluxo de gado para São Paulo através da rota Cruz Alta - Passo Fundo - Vacaria, e a região norte rio-grandense permanece sob pleno domínio indígena.

As primeiras décadas do século XIX

Somente no início do século XIX, por uma ação aventureira, os luso-brasileiros do Rio Grande tomam dos espanhóis a região das Missões, e aos poucos se retoma a rota pela serra que ia das Missões a Vacaria. Mas, “o Passo Fundo, apesar de atravessado a todo comprimento por essa estrada, não pode ser povoado senão com demora de alguns anos, devido aos terríveis coroados, cuja cólera seria fatal ao branco audacioso que nele fosse domiciliar-se...” (Cafruni 1966:627). Nessa rota, a primeira a formar-se como núcleo de ocupação foi a povoação de Cruz Alta. E apenas no final da década de 1820 se aventuraram estabelecer-se os primeiros não-índios à altura das nascentes do Passo Fundo, mas ainda bem distantes do Alto Rio Uruguai.
Zarth (1997:47) sintetiza bem o processo de apropriação da terra e os interesses econômicos que moviam a ocupação nessa zona:

“A concessão da terra tinha alguma ligação direta com o governo imperial, que poderia recomendar os beneficiados. Em geral, poém, tudo era articulado em nível local. As autoridades ‘vendiam’ as terras a militares e tropeiros e certamente a corrupção era constante. (...)

 

 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”
2006, no vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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