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O AVANÇO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AS TERRAS KAINGANG NO PARANÁ
 

Juracilda Veiga
Antropóloga

A história não foi muito diferente para os demais Kaingang. A província de São Pedro do Rio Grande do Sul, já na segunda metade do século XIX, delimitou, vasta área para os Kaingang na região do alto Rio Uruguai. Era intenção oficial, no entanto, reunir num mesmo espaço todas as chamadas hordas indígenas, liberando territórios para a colonização estrangeira, pois a chegada de imigrantes à província, iniciada em 1824, crescera rapidamente após a Lei de Terras de 1850. Com o fracasso do projeto oficial, pela resistência dos grupos Kaingang ao confinamento em um mesmo território, o governo rio-grandense passa a promover pequenos estabelecimentos (aldeamentos ou toldos) espalhados pela região norte-noroeste. A maioria deles teria suas terras posteriormente reduzidas, no correr do século XX, e alguns vieram a ser totalmente tomados, como no caso das terras de Caseros, Erebango, Ventarra e Serrinha.

No Paraná, reservas indígenas decretadas no início do século foram invadidas e, depois, drasticamente reduzidas no final da década de 40, por acordo do governo estadual com o SPI. No mesmo estado, a área de São Jerônimo, doada aos Kaingang no século XIX pelo Barão de Antonina, foi invadida com apoio do poder público, que instalou na terra indígena a sede de um município. Entre as áreas indígenas do Paraná essa é a que sofreu a maior redução em suas terras (de cerca de 34 mil para aproximadamente 5 mil hectares).

 
 
 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”
2006, vol. 4,
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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