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O AVANÇO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AS TERRAS KAINGANG NO PARANÁ
 

Juracilda Veiga
Antropóloga

Os primeiros contatos registrados nos documentos mais antigos com grupos que podemos considerar seguramente como Jê meridionais são os dos padres jesuítas espanhóis com os referidos "Gualachos" nas reduções do Guairá entre 1626 e 1630 (MARTINS 1937) e a expedição de Fernão Dias Paes Leme por 1660 até a Serra do Apucarana (LEME 1980). Desses contatos, as informações maiores são as relativas aos jesuítas, porém as mais consistentes - com descrição de práticas culturais desses grupos - são pertinentes aos Xokleng (MONTOYA 1630). No entanto, é certo que nessas reduções houve grupos Kaingang, sendo esses portanto os primeiros contatos mais duradouros desse povo com representantes da sociedade colonial. A experiência das reduções do Guairá foi, entretanto, muito breve devido aos ataques dos bandeirantes paulistas que puseram fim, em 1631, à experiência missionária jesuítica no interior do Paraná.
Somente no final do século XVIII o interesse político e econômico pela região de Guarapuava levará os portugueses a adentrar o território Kaingang, com algumas surpresas como o massacre de soldados de Afonso Botelho de Sampaio e Souza em 1772 (D'ANGELIS 1984a:8). A conquista do território em questão vai dar-se por uma Real Expedição militar em 1810, sendo que em 1812 se inicia a "catequese" e "aldeamento" dos primeiros grupos Kaingang da região (CHAGAS LIMA 1821 e 1842).
A conquista dos campos de Guarapuava acontece nos moldes de guerra justa contra os "índios bárbaros", em que a escravização de índios aprisionados era amparada em uma Carta Régia de 1809, determinando o povoamento daqueles campos.
 
 
 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”
de 2006, no vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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