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ECONOMIA KAINGANG
 

Juracilda Veiga
Antropóloga

- a urtiga brava, de cujas fibras do caule produziam os seus fios de tecer, sobretudo para a confecção dos seus kurus (grandes cobertas) e de uma espécie de camisa.

A pesca representava a terceira mais importante contribuição à alimentação kaingang, e era praticada em épocas certas, não coincidindo com as épocas de desova. A principal técnica de pescaria utilizada então pelos Kaingang era o paris (uma armadilha de taquara ou varas), e para a conservação da carne do peixe utilizavam o processo da defumação. Em rios menores utilizavam também as conhecidas técnicas indígenas de "envenamento" por cipós, como o uso do timbó e cascas de certas árvores (Cf. D'ANGELIS 1984a:48-9 - nota 39).

A agricultura Kaingang constituía-se, tradicionalmente, do cultivo de milho, feijão, morangas (o mesmo é referido por MAYBURY-LEWIS 1984:93 para a agricultura Xavante) e, segundo alguns autores, também do purungo ou cabaça. Segundo o testemunho dos principais autores e fontes primárias, a agricultura Kaingang não tinha originalmente senão um papel complementar na alimentação do grupo e sua participação estava restrita, também por razões climáticas, provavelmente aos meses de dezembro ou janeiro a março ou abril.

A complementação da agricultura às atividades primordiais da caça e da pesca na economia Kaingang, pode ser recolhida em alguns depoimentos das fontes primárias mais importantes. O Pe. Chagas Lima, capelão da expedição militar da conquista de Guarapuava na década de 1810, escreveu a respeito das "hordas de gentios existentes pelos sertões de Guarapuava" que "são geralmente debochados, ocupam-se na pesca, caça e dança" (CHAGAS LIMA 1842:52).

 
 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”,
2006, vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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