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ECONOMIA KAINGANG
 

Juracilda Veiga
Antropóloga

A cultura Kaingang organizou-se sobre uma economia baseada na caça, pesca, coleta e agricultura complementar. Atualmente a agricultura é o elemento básico da economia Kaingang.

A caça incluía os grandes e pequenos mamíferos das florestas subtropicais (anta, veado, cateto ou caititu, queixada, quati, etc) e a grande variedade de aves aí existentes (jacu, uru, papagaio, nambu, macuco, etc), havendo certamente animais cujo consumo era interditado e outros cujo consumo não era costume como, por exemplo, os tamanduás (mirim e bandeira), jaguatirica, lontra, ariranha, etc. [ver fontes] Não parece ter sido costume dos Kaingang a caça com armadilhas (comum, por exemplo, entre os Guarani), exceto um laço para apanhar papagaios e baitacas e a técnica do émbitkô para caçar um tipo de rato do mato (kaxin). Usavam mais freqüentemente caçar aves e animais com seus arcos e flechas, com diferentes tipos de pontas feitas de madeira ou ossos de animais. [ver: Kanhgág Jijén, Armadilhas Kaingang, de Dorvalino Kógjá Joaquim]

A coleta incluía abundantes recursos naturais, destacando-se porém:

- o pinhão, abundante nas vastíssimas florestas de araucária presentes do Sul de Minas Gerais ao centro do Rio Grande do Sul (e também na região de Misiones, Argentina), que coletavam entre os meses de março e maio, e para o qual criaram formas de conservação, como a farinha do pinhão e o "pinhão d'água" ou õkór (os pinhões eram colocados num cesto com tampa e este amarrado a um cipó era colocado em um poço de rio). Também usavam o pinhão para produzir uma de suas bebidas fermentadas.

 
 
 
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Kaingang tem
verbete em
Enciclopédia Mundial.

“The Greenwood
Encyclopedia of
World Folklore
and Folklife”,
2006, vol.4
por
Juracilda Veiga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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